Com a conclusão dos trabalhos de ampliação de sua rede de esgoto sanitário em mais 3,8 mil metros, o município de Jussara (foto) entrou para o seleto grupo dos municípios que deram adeus às fossas sépticas, que causam a proliferação de insetos e outros vetores, ocasionam a contaminação do lençol freático por coliformes fecais e ainda correm o risco de desabar. Os integrantes deste grupo já alcançaram 100% de esgoto coletado e tratado e no noroeste paranaense, além de Jussara, apenas Lobato, São Jorge do Ivaí e Jaguapitã alcançaram esta marca.
Para o diretor do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Valter Luiz Bossa, essa marca foi atingida principalmente por o município ter sido beneficiado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Esgoto), por meio da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), “mas depende muito do gerenciamento que o município faz dos recursos públicos destinados ao saneamento”.
Para Bossa, chegar a 100% é motivo de orgulho para a cidade e os reflexos poderão ser observados em breve na saúde da população. “Até o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) sobe quando o esgoto chega”.
Com uma população de aproximadamente 7 mil habitantes, toda beneficiada com água tratada – inclusive 45% da área rural -, a preocupação de Jussara agora é com a conclusão do Plano de Saneamento Básico, que define a política do município para a área pelos próximos 30 anos. O governo federal exige que todos os municípios brasileiros entreguem o Plano até 31 de dezembro próximo, mas o Ministério do Meio Ambiente prevê que menos de 25% de todas as cidades consigam cumprir à exigência. “Jussara se juntou a outros municípios do noroeste para a contratação de uma empresa especializada e vamos entregar os projetos prontos nos próximos meses”, diz Bossa. “Não vamos conseguir entregar no prazo cobrado pelo governo, mas estaremos entre os primeiros da região a concluir o plano”.
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