Ser poeta é sina, porque há sempre um exalar de perfume e dor em cada texto que o poeta assina.
É caminhar no fio da navalha, é às vezes, ser cruelmente retalhado ao resvalar em cada rima.
É gestar versos indóceis, querendo nascer. Nascendo, são filhos pródigos que seguem seu rumo, deixando o poeta vazio, para que de novo ele possa “conceber”.
Ser poeta é ver as coisas mais simples pelos olhos de uma abelha multifacetadas e assim, enxergar detalhes mil onde os outros não conseguem enxergar nada.
Ser poeta é enfeixar todas as reverberações de um diamante, ciente de que ele será sempre e tão somente um mero matiz. Ser poeta é conviver com uma sensibilidade imensurável, que exalta e aniquila, que desnivela, que eleva ao Reino de Deus e simultaneamente rebaixa ao Reino de Hades...
e, em meio a estas tempestades, que fulminariam o mais comum dos mortais, ser poeta é caminhar sozinho, implorando ao mundo, a compreensão de seus ideais!
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