A ex-ministra Marina Silva publicou hoje, (21/10), em seu blog um texto crítico à presidente Dilma Rousseff por ela ter supostamente resolvido desengavetar o Programa Nacional de Agroecologia de olho nas eleições do ano que vem em razão da "forte incidência da agenda da sustentabilidade no cenário político".
"Não é por mera coincidência que, um ano antes da eleição, a mesma Dilma que promulgou as mudanças no Código Florestal, que favorecem o desmatamento, tenha incorporado o desenvolvimento sustentável ao seu discurso", diz Marina em seu artigo.
A ex-ministra, que tem o desenvolvimento sustentável como principal plataforma política, diz ainda que o plano, com previsão de desembolso de R$ 8,8 bilhões para o crédito agrícola, assistência técnica, extensão rural, inovações tecnológicas e compra de alimentos para programas federais, tem metas "tímidas".
Marina afirmou que o plano foi criado em 2012, quando a presidente Dilma assinou decreto para que fosse executado.
"Até agora, estava engavetado. Desde 2003 (governo Lula), o país conta com lei sobre a produção orgânica. Uma década após a promulgação da lei, o plano, no entanto, surge com metas tímidas, como a de 5% de compras obrigatórias para o Programa da Aquisição de Alimentos (PAA), o equivalente a R$ 138 milhões", escreveu a ex-ministra.
Apesar das críticas, Marina Silva ponderou que a incorporação de "ideias fortemente alicerçadas em representatividade e legitimidade social" na agenda do governo faz com que todos saiam ganhando.
"Se isso vier a se transformar em ações e resultados, ganharemos todos, ganhará o Brasil."
Depois de ver o TSE barrar a criação da Rede Sustentabilidade, Marina Silva anunciou no último dia 5 de outubro uma aliança com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
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