A ex-senadora e ex-ministra Marina Silva afirmou ontem, (24/10), em Curitiba que os partidários da Rede, partido articulado por ela e que não obteve registro na Justiça Eleitoral, não precisarão apoiar os candidatos do PSB ou de qualquer aliança nas eleições do ano que vem. Marina se filiou ao PSB no último dia 5. No Paraná, o partido é aliado do PSDB e deverá apoiar a reeleição do governador Beto Richa – o que levou muitos militantes da Rede a migrarem para outros partidos.
Em Curitiba para participar de um debate na 1.ª Jornada de Estudos do Instituto Ciência e Fé, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Marina disse que a aliança feita com o presidente do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi “programática” e que não há nenhum compromisso de a Rede apoiar candidatos do partido ou de coligações nos estados.
“A aliança programática nacional não faz nenhum enquadramento nos estados. No Paraná, a Rede se mantém independente. Não há nenhuma obrigação em relação a desdobrar nos estados o que estamos trabalhando no plano nacional”, afirmou a ex-ministra do Meio Ambiente. “Em vários estados estamos com a possibilidade de agendas conjuntas, como é o caso do estado do Amazonas, mas aqui no Paraná a Rede vai continuar independente.”
Na semana passada, o senador mineiro Aécio Neves, provável candidato do PSDB à Presidência, recomendou que os tucanos não dividam o palanque com candidatos do PSB no ano que vem. No Paraná, o PSB condiciona o apoio à reeleição de Beto Richa à participação do tucano no palanque de Eduardo Campos na disputa presidencial.
Candidatura
Marina atribuiu a “interesses em fazer algum mal entendido” as especulações sobre sua possível candidatura à Presidência da República em 2014. “Eu disse mil vezes que não tenho como objetivo de vida ser presidente do Brasil; meu objetivo é lutar para que o Brasil e o mundo possam ser melhores”, disse. “Se para isso for necessário ser candidata à Presidência da República, o serei”, comentou. “Mas a candidatura do Eduardo [Campos] está posta. Quando eu conversei com ele, não discutimos lugar dentro de chapa, discutimos programa. Essa insistência em fazer essa qualificação puramente eleitoral é de alguém que tem interesse em fazer algum mal entendido.”
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