Doutor Camargo, Floresta, Paiçandu, Santo Inácio e Uniflor – todos na área de abrangência da 15ª Regional de Saúde de Maringá - estão entre os 14 novos municípios alcançaram taxa de incidência epidêmica (superior a 300 casos por cem mil habitantes) de dengue no Paraná. As informações são do boletim da situação da dengue no Paraná, divulgado na tarde desta segunda-feira (25/03) pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). Os demais são: São Manoel do Paraná, Guairaçá, Santa Cruz de Monte Castelo, Nova Londrina, Planalto, Diamante do Norte, Loanda, Assis Chateaubriand, Palotina.
A 15ª Regional de Saúde de Maringá tem ainda Ivatuba e Santa Fé, que já estavam em epidemia.
A lista completa com os 46 municípios em epidemia inclui: São Carlos do Ivaí, Peabiru, Fênix, Paranavaí, Santa Fé, Japurá, Quinta do Sol, Tamboara, Terra Rica, Primeiro de Maio, Porto Rico, Nova Aliança do Ivaí, Santo Antônio do Caiuá, Nova Santa Rosa, Engenheiro Beltrão, Campo Mourão, São João do Caiuá, Formosa do Oeste, Inajá, Santa Mônica, Ivatuba, Uniflor, Jussara, Alto Paraná, Amaporã, Mirador, Araruna, São Manoel do Paraná, Paranacity, Doutor Camargo, Guairaçá, Paraíso do Norte, Santa Cruz Monte Castelo, Terra Roxa, Itaúna do Sul, Nova Londrina, Planalto, Perobal, Floresta, Diamante do Norte, Paiçandu, Loanda, Assis Chateaubriand, Palotina, Santo Inácio e Alto Piquiri.
Em Maringá, a Sesa confirma 689 casos de dengue (cinco deles importados) e 2.325 notificações. A incidência é de 191,53. O boletim traz ainda um caso de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), um caso de Dengue Com Complicação (DCC) e uma morte em decorrência da dengue.
Os municípios com maior número de casos notificados são Paranavaí (8.548), Campo Mourão (3.856) e Londrina (2.998). Os municípios com maior número de casos confirmados são: Paranavaí (4.892), Peabiru (1.622) e Campo Mourão (868).
De acordo com boletim, 85 pessoas evoluíram para a forma grave da doença e nove morreram. Outras mortes estão sendo investigadas pela Secretaria da Saúde e só serão divulgadas após confirmação clínica e laboratorial.
Clima
Apesar da queda nas temperaturas, as regiões Norte, Noroeste e Oeste do Paraná apresentam condições climáticas favoráveis à reprodução e desenvolvimento do mosquito da dengue.
Conforme o Laboratório de Climatologia da Universidade Federal do Paraná, das 18 estações metereológicas avaliadas, 12 registram alto risco para a dengue. Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, o período mais crítico da doença continua e deve se estender até o início do inverno.
"Embora a proliferação do mosquito seja maior no verão, o outono do Paraná também registra dias de chuva e de calor, condições ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti', alerta o superintendente. Segundo Paz, os cuidados com a dengue devem se tornar rotina durante o ano todo. "Evitar a água parada ainda é a melhor forma de prevenir a dengue e diminuir os riscos de epidemia".
Números
De agosto de 2012 até agora já foram confirmados 15.593 casos de dengue no Estado. Cerca de 80% dos casos estão concentrados nos 46 municípios que enfrentam situação de epidemia da doença neste ano. "Constatamos que seis desses municípios já registram queda no número de casos. Isso mostra que o trabalho conjunto entre gestores e população dá resultado", disse o coordenador da Sala de Situação da Dengue, Ronaldo Trevisan.
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