Conforme a tradição, são três os magos que foram a Belém. Mas, conta a lenda que quatro magos saíram seguindo a estrela só que um deles se atrasou porque parou várias vezes para socorrer necessitados.
Deu assistência a um doente abandonado em sua choupana... Repartiu sua merenda com famintos... Deu água de seu cantil para quem estava com sede... Entregou seu manto real a um velho que tremia de frio... Resgatou e libertou um grupo de escravos... ajudou e confortou os condenados à morte... Repartiu dinheiro com muita gente... Deu a própria coroa!
E assim, levou mais de trinta anos caminhando e afinal chegou, trêmulo e envelhecido, às portas de Jerusalém. Era uma sexta feira. Pesava o silêncio e o luto na cidade. Haviam crucificado um homem que só fizera o bem. A cruz onde fora pregado, ainda se via no alto do monte.
O velho rei chorou junto à cruz vazia, enquanto se lamentava: “Vim para ver o Messias. Mas perdi a viagem”. Nisto ele avista um homem de branco que vem ao seu encontro e perguntou por que chorava.
O velho, entre soluços, contou quantas vezes e por que parou no caminho. Então o homem de branco respondeu:
“Você não perdeu a viagem pois encontrou-se comigo tantas vezes quantas parou para socorrer esses necessitados”. E, mostrando-lhe as mãos chagadas, acrescentou: “O que você fez a esses pequeninos, foi a mim que você fez. Vá em paz!”
- Clóvis Bovo -
Será que é mesmo apenas uma lenda?
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