A temperatura favorável e o aumento de renda das classes C, D e E deverão contribuir para elevar o consumo de cerveja no Brasil este ano entre 10% e 12%. Os dados são do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv).
No ano passado, o consumo nacional de cerveja cresceu 10,9%, contra 10,4% no ano anterior, apesar da crise econômica internacional. O mercado somou 10,91 bilhões de litros de cerveja fabricados e comercializados em todo o país, gerando um faturamento bruto de R$ 31 bilhões em 2009.
O consumo brasileiro de cerveja, porém, está muito abaixo de países onde essa cultura já é uma tradição. É o caso da Alemanha, por exemplo, onde a primeira cervejaria tem mil anos de criação.
Entre os alemães, o consumo per capita (por habitante) está em torno de 120 litros/ano, de acordo com o Sindicerv. Na República Checa, o consumo por pessoa supera 150 litros anuais e no Brasil ainda não alcançou 60 litros/ano.
O coordenador da Área de Educação do Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas (CTS) de Vassouras (RJ), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), José Gonçalves, disse à Agência Brasil que mesmo na América Latina, o consumo brasileiro de cerveja é suplantado pelo de países como a Colômbia e a Venezuela, de 70 litros per capita, em média, por ano. "No mínimo, o Brasil deveria estar equiparado a esses países", avaliou.
O CTS/Senai de Vassouras é responsável pela única escola que forma cervejeiros no Brasil e é referência para a América Latina.
(Agência Brasil)
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