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junho 22, 2010

Aliança PT, PDT e PMDB no Paraná, ainda indefinida

Os presidentes do PT, PDT e PMDB se reuniram três vezes entre ontem e hoje (22/06) para tentar construir uma aliança no Paraná com o senador Osmar Dias (PDT), candidato ao governo. O grupo esteve, na noite desta segunda-feira, na casa do deputado Michel Temer (SP), presidente do PMDB, e se encontrou novamente, uma vez pela manhã e outra à tarde, na sede do PT em Brasília. Mas, segundo o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), Osmar Dias não flexibilizou as exigências que faz.
Dias exige que Gleisi Hoffman, mulher do ministro Paulo Bernardo, desista da candidatura ao Senado para ser a candidata a vice-governadora na chapa dele. Outra exigência do senador é que Orlando Pessuti (PMDB), atual governador, também desista do projeto de reeleição para apoiá-lo. "O que o Osmar Dias quer é impossível", resume Henrique Eduardo Alves.
O governador Orlando Pessuti contou ter dito, na reunião de hoje de manhã, que aceitaria sair da corrida pelo governo do Estado para apoiar o projeto de eleição do governo. "O PMDB me pediu, a Dilma (Rousseff, presidenciável petista) me pediu através do presidente do PT, José Eduardo Dutra. O presidente Lula me pediu, através do deputado Michel Temer. Então, em nome da unidade, eu aceitei abrir mão para apoiar o Osmar Dias", disse Pessuti, no final da reunião.
Osmar Dias, segundo relato do governador do Paraná, agradeceu o apoio oferecido por ele, mas disse que não aceitaria um acordo se Gleisi Hoffman não fosse a vice dele na chapa. Gleisi e o PT, no entanto, estariam irredutíveis quanto a isto. O presidente do PDT, Carlos Lupi, está reunido com o senador Osmar Dias tentando convencê-lo de repetir no Paraná a aliança de partidos da base fechada em âmbito nacional em torno da candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República.
O deputado Henrique Eduardo Alves adiantou que, se Osmar Dias não fechar o acordo, a solução será o PT apoiar a candidatura de Orlando Pessuti ao governo, tendo Gleisi Hoffman e Roberto Requião (PMDB) como candidatos ao Senado. "Enquanto não acontece um entendimento, nós vamos fazer o que já estava ajustado e vamos tocar a nossa candidatura", completou Pessuti.
(Carol Pires - Agência Estado)

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