A Câmara dos Deputados cassou nesta quarta-feira (10/12) o mandato do deputado federal André Vargas (sem partido-PR) por quebra de decoro parlamentar. Ele é suspeito de
envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, acusado de comandar um
esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
O placar foi de 359 votos favoráveis pela cassação e apenas um
contrário, além de seis abstenções. O quórum mínimo exigido era de 257
deputados. A votação foi aberta.
Todos os partidos que orientaram as suas bancadas sobre como deveriam
votar, incluindo o PT, recomendaram a cassação. Apenas o PMN e o PEN não
deram orientação.
Vargas não estava presente à sessão. Ele argumentou que não foi a Brasília por estar se recuperando de uma cirurgia na boca.
Ele chegou a entrar com um recurso na Câmara na noite de terça-feira (9) pedindo o adiamento da sessão para a semana que vem.
No recurso, o deputado do Paraná alegou aos dirigentes da Casa que fez
uma cirurgia odontológica no último dia 5 que o impossibilitaria de se
defender no plenário.
Na última segunda (08/12), ele havia enviado um atestado que comprovaria o
procedimento cirúrgico a que ele foi submetido. Na ocasião, o
parlamentar solicitou uma licença médica até esta quarta-feira. A
assessoria de Vargas chegou a enviar fotos do deputado para comprovar a
realização do procedimento cirúrgico. No entanto, o recurso dele foi
negado pela direção da Câmara porque, pelo regimento, ele deveria ter
sido examinado por um junta médica da Casa.
Embora tenha argumentado à Câmara que não poderia fazer sua defesa no
plenário da Casa em razão da cirurgia na boca, André Vargas conversou
nesta quarta-feira, por telefone, com a reportagem do G1.
No diálogo telefônico, que ocorreu por volta das 11h40, o deputado
informou que estava em São Paulo para fazer um tratamento no Hospital
Albert Einstein e que por esse motivo não iria a Brasília nesta
quarta-feira.
“Não irei de forma alguma a Brasília. Minha licença expira só hoje [quarta] à noite”, afirmou Vargas.
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