O
dia foi de muita emoção na Arena Corinthians, mas também de problemas
estruturais, preocupação e vaias das organizadas para o presidente Mário
Gobbi. Com cerca de 20 mil torcedores presentes, o
novo estádio passou pelo seu segundo e último jogo-teste antes da
estreia do time principal no local, marcada para o dia 18, contra o
Figueirense, pelo Brasileirão, na manhã deste sábado, (10/05). E teve também homenagem ao ídolo Ayrton
Senna e o primeiro gol do estádio, marcado por Rivellino, de pênalti.
Com livre circulação dentro dos prédios - tanto o
Oeste como o Leste -, os torcedores puderam se alimentar em lojas de
conveniência, que vendiam água (300 ml) a R$ 4, lata de refrigerante a
R$ 5, cerveja sem álcool a R$ 6, suco a R$ 5, salgadinhos a R$ 5, e
combos de lanche e bebida a R$ 18. Vendedores ambulantes vendiam também
pipoca, sorvete e cachorro-quente. Os banheiros, impecáveis em
comparação ao Pacaembu, falhavam na falta de toalhas de papel.
Funcionários, porém, fizeram a limpeza durante todo o evento, o que foi
visto de forma positiva.
Após cerca de 2h de festa, o torcedor do Corinthians
certamente saiu satisfeito com o que viu. Mas também preocupado.
Internamente, nos prédios com livre acesso, foram vistos fios
atravessados, solo desnivelado (o que causou alguns tropeços) e um claro
cenário de obra ainda inacabada - no cimento. A sensação é de que ainda
há muito tempo para a Copa do Mundo. Mas não há. No dia 12 de junho, o
Brasil estreia diante da Croácia em jogo válido pela abertura do
Mundial.
Torcida e ídolosFoi como pegar a chave do novo apartamento. Aos poucos, a partir das 9h, os torcedores foram entrando na Arena Corinthians. Empolgados e com olhar atento, reparavam em cada detalhe do estádio, em cada placa de instrução, em cada tufo de grama do campo, e em cada estrutura ainda inacabada. O primeiro contato da Fiel com a nova casa foi mágico, inesquecível. O primeiro grito de gol, pelo tento marcado por Roberto Rivellino, histórico.
Especial para os torcedores, mas também
para os
ex-jogadores. E os responsáveis pela festa, alguns ídolos históricos e
outros nem tanto, jogaram mais que uma brincadeira de futebol.
Disputaram um privilégio. Tão seriamente que teve até ex-jogador saindo
de maca para o hospital. Palhinha, que sofreu pênalti duvidoso
convertido por Rivellino, teve suspeita de fratura no ombro esquerdo.
Foram muitos os que desfilaram em campo. Biro-Biro,
Emerson Leão, Vampeta, Luizão, Edilson, Marcelinho Carioca, Ronaldo
(goleiro), Rincón, Edu Gaspar, Zé Elias, Zenon, Zé Maria, Dinei...a
lista contou com mais de 100 nomes. Incluindo Elias e Jadson, fora do
clássico contra o São Paulo, domingo, em Barueri.Nos vários jogos de 15 minutos (medida adotada para que todos pudessem entrar em campo), não só Rivellino comemorou gol. Teve também comemoração de Elias, de Marcelinho Carioca (em falta, sua especialidade), Rincón, Leto, Alcindo, Liedson, Pingo...
No telão, o clube homenageou outros tantos, como
Ayrton Senna, piloto de Fórmula 1, morto há 20 anos. Andrés Sannchez, emocionado,
discursou e chorou no abraço de sua filha. Mário Gobbi, vaiado por
organizadas, também falou ao ao público.
Um dia que entrou para a história mais que
centenária do considerado "time do povo". Fique à vontade, corintiano! A
casa já está aberta!
globoesporte.globo.com



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