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novembro 28, 2013

Casal alemão roda América do Sul em carro de 1969




 
Aventura. Essa pode ser a definição do que um casal de alemães está realizando em solo sul americano. Helma e Eckard Schmidt saíram do país natal para fazer um tour pela América do Sul. Na quarta-feira (27/11), eles chegaram a Uberlândia a bordo do que pode ser visto como a principal atração dessa expedição: o carro da década de 1960.
O casal faz o tour em um Citroën 2CV, de 1969, um carro bastante popular no período pós-guerra. Como comparação, o 2CV é visto pelos franceses como o Fusca para os brasileiros. Mesmo com a simplicidade, que é a marca do veículo, os alemães cruzam rodovias pela América do Sul por puro prazer.
Segundo Eckard, a escolha tem justificativas. “Eu escolhi viajar nesse carro porque, há 45 anos, eu viajava em um modelo igual na Alemanha. Eu tenho três Citroën 2CV. O último deles é de 1990. Mas, hoje em dia, não é mais possível vender estes carros. As pessoas querem carros japoneses, querem carros novos”, afirmou o alemão.
E se engana quem pensa que o 2CV é um mero meio de transporte para o casal. Durante as viagens, quando não é possível se alojar em hotéis, eles dormem ali mesmo na "La Gordita", nome do carro. Eles montam uma tenda na parte de cima do veículo, onde passam as noites.
Apesar de todas as dificuldades, o casal segue com a jornada. Nem o idioma é uma barreira que possa impedir a viagem dos dois. Apesar de não falarem português, eles se viram em terras brasileiras com a língua materna e o inglês. Helma chegou a contar que já foram até para a Mongólia, mesmo sem falar a língua local.
A expedição começou no Paraguai há quase um mês. Lá, os alemães pegaram o carro emprestado com um velho conhecido, Walter. De acordo com Helma, Eckard e Walter se conheceram há 40 anos, ainda na Alemanha. O amigo se mudou para a América do Sul e hoje mora em terras paraguaias, onde vive do negócio de aluguel de veículos antigos, como é o caso do 2CV.
Saindo do Paraguai, o casal seguiu pelo interior do Brasil até o litoral. De lá, seguiram até Porto Seguro, de onde agora retornam para o ponto de partida. No meio dessa aventura, eles passaram por Uberlândia, onde concederam esta entrevista.
Estradas, sul americanos e cerveja

Bem humorado, Eckard não hesitou quando perguntado o porque da América do Sul. “Nós gostamos da América do Sul, em especial do Brasil. As pessoas aqui são muito diferentes de outros lugares da América do Sul, como da Bolívia ou até mesmo da Argentina. Os argentinos têm cara de bravos. Mas os brasileiros são legais, assim como os paraguaios. O único problema no Brasil é que tudo é longe. Em um dia, dá para cruzar a Bolívia, a Argentina. Mas o Brasil não”, disse.
Pela segunda vez no Brasil, Eckard afirmou não achar ruins as estradas do país, uma reclamação constante da população brasileira. Segundo ele, o único prejudicial durante a viagem foram as chuvas. “Ontem, a estrada estava muito ruim, devido à chuva. Estava escorregadia. Em uma estrada, próximo a Salinas, presenciamos um acidente que até chegou a passar na televisão esses dias. Foram várias vítimas. Mas eu passei por Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Peru. As piores rodovias ficam na Bolívia, e os piores motoristas são os alemães. Eles dirigem muito rápido. No Brasil, não tivemos problemas ainda nas rodovias”, contou.
Mas não é só o gosto pelo país e as belezas que parecem atrair Eckard. O aventureiro disse ter outra paixão brasileira. “Nós gostamos inclusive da cerveja do Brasil, é muito boa. Podemos beber dez latas que não temos nem dor de cabeça. Mas a cerveja da Alemanha é a melhor do mundo”, afirmou.

(G1)

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