O Santo Sudário, uma mortalha que teria envolvido o corpo de Jesus
Cristo, será exposto ao público a partir do domingo em Turim (norte da Itália), e um milhão de pessoas já reservaram sua entrada para este acontecimento excepcional.
O sudário foi exibido pela última vez em 2010.
Como ocorreu há cinco anos, o Santo Sudário estará exposto na catedral
da capital de Piemonte. Mas, desta vez, poderá ser visitado durante dois
meses, quase um mês e meio a mais do que da vez passada, afirmou neste
sábado (18) diante da imprensa o prefeito de Turim, Piero Fassino.
"A mostra do Santo Sudário é um grande acontecimento de natureza
religiosa e civil", comemorou Fassino, que afirmou que receberá "de
braços abertos" as centenas de milhares de peregrinos que devem chegar
durante os próximos 67 dias.
Autenticidade
A peça de linho de 4,36 m de altura por 1,10 m de largura na qual,
segundo a tradição, ficou gravada a imagem do corpo de Cristo com as
marcas da crucificação e sobretudo de seu rosto, foi descoberta em
meados do século XIV na igreja colegial de Nossa Senhora, em Lirey,
perto de Troyes (França).
A família real de Saboya, que havia reinado na Itália até 1946,
presenteou o Vaticano com o Santo Sudário em 1983. A Santa Sé nunca se
pronunciou sobre sua autenticidade.
Em 2010, sua exposição ao público durante 43 dias na catedral de Turim
atraiu 2 milhões de pessoas, incluindo o Papa Bento XVI, que o descreveu
como um "ícone extraordinário" que correspondia "totalmente" com o
relato da morte de Cristo do Novo Testamento.
O Papa Francisco irá a Turim nos dias 20 e 21 de junho.
O Santo Sudário é objeto de uma batalha entre os cientistas que creem
em sua autenticidade e aqueles que duvidam dela. Os historiadores,
baseando-se principalmente em uma prova de carbono 14 realizada em 1988,
estabeleceram que a fabricação da peça de tecido ocorreu na Idade
Média, entre 1260 e 1390, mas inclusive esta datação tem sido
questionada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário