Aos 84 anos de idade, 60 deles dedicados à política, o senador José
Sarney (PMDB-AP) comunicou a aliados que não vai se candidatar à
reeleição ao Senado. Sarney justificou a aposentadoria dizendo que
pretende ficar mais tempo ao lado de sua mulher, Marli, que está doente e
vive em São Luís, capital do Maranhão. No entanto, pesou na decisão o
cenário político desfavorável. Pesquisas locais mostram alta rejeição a
Sarney no Amapá. Na segunda-feira, (23/06), ele foi vaiado durante evento
ao lado da presidente Dilma Rousseff, em Macapá.
"Conversei hoje
com a presidente Dilma e disse a ela que a situação está muito
complicada. Acredito que não vou concorrer ao Senado", disse Sarney ao
presidente do PMDB do Amapá, o ex-senador Gilvan Borges. Ex-ministro do
Turismo e aliado próximo da família Sarney no Maranhão, o deputado
federal Gastão Vieira (MA) também disse ter sido comunicado da
desistência.
No fim da tarde, a assessoria de imprensa do
gabinete de Sarney divulgou uma nota, assinada pelo funcionário Cléber
Barbosa, confirmando a decisão de não concorrer este ano. "Essa decisão
já estava tomada, comuniquei isso ao meu partido na semana passada.
Entendo que é chegada a hora de parar um pouco com esse ritmo de vida
pública que consumiu quase 60 anos de minha vida e afastou-me muito do
convívio familiar", disse o senador, segundo seu assessor.
"Para
ele é muito bom, acho importante essa decisão. Cada vez que ele vai para
lá (Amapá) é uma dificuldade", afirmou ontem a governadora do Maranhão e
filha do senador, Roseana Sarney. Segundo ela, a família o tem
aconselhado a encerrar a vida pública. "Para mim, particularmente, está
na hora", afirmou ela.
AE
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