No dia em que o barco com os restos
mortais de Tiago chegava a Galícia, uma forte tempestade ameaçava
esmagá-lo contra as pedras da costa.
Um homem que passava, vendo aquilo, entrou no mar com o seu cavalo
para tentar ajudar os navegantes; entretanto ele também é vítima da
fúria dos elementos, e começa a afogar-se. Acreditando que tudo está
perdido, pede aos céus que tenha piedade de sua alma.
Neste momento, a tempestade acalma, e tanto o barco como o cavaleiro
são gentilmente conduzidos para uma praia. Ali, os discípulos Atanásio e
Teodoro, notam que o cavalo está coberto de um tipo de concha,
conhecida também como “Vieira”.
Em homenagem ao heróico gesto, esta concha passa a ser o símbolo do
caminho, e pode ser encontrada em edifícios ao longo da rota, nas
pontes, nos monumentos, e sobretudo nas mochilas dos peregrinos.
Paulo Coelho
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