O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná autorizou a criação do 12º Diretório Estadual provisório do partido Rede Sustentabilidade no País, superando, portanto, o número mínimo de nove diretórios exigido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a criação de uma nova legenda. Com 8.605 assinaturas, reunidas principalmente em Curitiba e região, a Rede no Paraná também tem diretórios na capital e em Londrina. Ambos são provisórios até que seja oficializado o nascimento da Executiva Nacional com, pelo menos, 492 mil assinaturas. O processo ainda está tramitando no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com os coordenadores estaduais da Rede, foram reunidas no Paraná, até agora, mais de 34 mil assinaturas, porém, muitas ainda não foram apresentadas para a apreciação do tribunal. Em Londrina, por exemplo, as 770 fichas já validadas pelo Fórum Eleitoral – de um total de 1.570 – permanecem nos cartórios e devem ser levadas ao tribunal nos próximos dias. Os números de Londrina, onde mais da metade das fichas de apoio foi invalidada pela Justiça Eleitoral, ilustram a preocupação do partido com o fim do prazo para a criação, dia 5 de outubro.
Cada ficha apresentada pelo partido deve ter a identificação pessoal de quem o apoia, como nome completo, nome da mãe, cópia do título e a assinatura. No cartório, os servidores comparam a assinatura da ficha apresentada, uma a uma, visualmente, com a do caderno de eleitores arquivado no Fórum. Quando algum dado "não bate", a ficha é invalidada. "Todos os dados apresentados têm que ser idênticos aos do cadastro", explicou o chefe do cartório da 146ª Zona Eleitoral, Willian Garcia.
O coordenador executivo da Rede em Londrina, Manoel José da Silva, criticou o processo adotado pela Justiça. "Apesar de termos no Brasil um sistema considerado moderníssimo, em termos de eleição, com as urnas eletrônicas e a biometria, ainda temos algumas discrepâncias no que diz respeito às conferências das fichas levadas aos cartórios, onde o processo é na base do cadernão." Ele citou o exemplo de um jovem de 16 anos, ainda sem assinatura no livro por não ter votado nas eleições de 2012. "Ele quer apoiar o partido, mas terá a ficha negada por não existir a comparação. Faltam parâmetros claros para a conferência de assinaturas, o sistema é arcaico."
Segundo os servidores dos cartórios, um dos principais problemas nas listas de apoios é a indicação incorreta da zona eleitoral. Também já ocorreram duplicidade de nomes e ausência de dados.
A revisão biométrica em Londrina, encerrada na sexta-feira, agravou a situação daqueles eleitores que apoiam o novo partido, mas que não votaram nas eleições do ano passado. Com a utilização de todas as salas no Fórum para o atendimento biométrico, o arquivo da cidade referente às eleições anteriores a 2012, precisou ser levado para fóruns eleitorais da região. Se esse eleitor não veio fazer a revisão, não há acesso aos dados dele para a comparação.
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