A megaoperação para endireitar o enorme navio de cruzeiro Costa Concordia, iniciada nesta segunda-feira (16), em frente ao litoral da ilha italiana de Giglio, foi concluída às 4h desta terça-feira (17/09) - 23h de segunda-feira, 16, no Brasil -, segundo as equipes responsáveis pelo projeto.
"O navio de cruzeiro Costa Concordia foi endireitado e as operações de rotação da embarcação terminaram com sucesso", anunciou o chefe da Defesa Civil, Franco Gabrielli. "O navio está agora apoiado sobre a plataforma e marcamos um ponto decisivo para afastá-lo da Ilha de Giglio", acrescentou.
O diretor das operações de rotação do navio, Nick Sloane, um engenheiro sul-africano de 52 anos, explicou que "se pensarmos em tudo aquilo que era necessário para realizar este projeto, entre eletrônica e aço, chegamos à conclusão que poucos países do mundo poderiam organizar, em tão pouco tempo, uma operação tão vasta".
'Há muitos danos no navio e teremos que fazer alguns testes", acrescentou Sloane. "Mas estou aliviado, um pouco cansado e com vontade de tomar uma cerveja e dormir".
Uma forte tempestade atrasou por três horas o início da operação mais cara e complexa da história italiana.
Cerca de 500 engenheiros de diversas nacionalidades trabalham há mais de um ano para reerguer o navio de 114,5 mil toneladas.
O Costa Concórdia começou a ser endireitado às 9h. Só por volta do meio-dia deu para perceber que o gigante de 300 metros e 17 andares de altura estava finalmente se movendo, depois de 20 meses virado e encalhado.
A parte mais delicada da primeira fase, que era mover a embarcação em uma região em que o fundo do mar é rochoso, terminou ainda com a luz do dia, quando navio se desprendeu das pedras.
Agora vem o momento mais difícil e temido: o encontro do casco com o fundo artificial, construído embaixo da água.
Uma vez que o navio tenha atingido a posição vertical, começa um novo desafio: estabilizar a embarcação, o que pode levar meses. Só então o Costa Concordia será rebocado para virar sucata.
A operação já custou 600 milhões de euros, que correspondem a cerca de R$ 1,8 bilhão.
O naufrágio do cruzeiro em 13 de janeiro de 2012 deixou 32 mortos, dois dos quais nunca foram encontrados, do total de 4.229 pessoas entre passageiros e tripulantes que se encontravam a bordo.
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