O menino chegou à praia onde um templo cheio de sinos afundara no mar.
Os pescadores diziam que o movimento da água fazia os sinos tocarem e que era possível escutá-los.
O menino ficou dias seguidos concentrado em qualquer ruído diferente do som das ondas e das gaivotas. Em algumas semanas, podia filtrar estes sons, mas não escutava os sinos. Os pescadores insistiam: “é possível!”, mas o garoto não conseguiu, e resolveu voltar para casa.
Aproximou-se do oceano, para despedir-se. Olhou mais uma vez a natureza e, como não estava mais preocupado com sinos, viu como era belo o ruído dos pássaros e das ondas.
Sentiu-se descansado, agradeceu por estar vivo. E então, porque escutava o mar e as gaivotas, ouviu também o primeiro sino. E outro. E mais outro, até que todos os sinos do templo afundado tocaram para o seu deleite e alegria.
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