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novembro 14, 2012

Morre dra. Thelma Villanova, primeira pediatra de Maringá

Morreu na manhã desta quarta-feira (14/11), aos 82 anos, a médica Thelma Villanova Kasprowicz, primeira pediatra de Maringá.
Segundo a filha Débora, a dra. Thelma teve uma queda de pressão e precisou ser internada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Santa Casa, onde estava há 38 dias e faleceu por volta das 9h de hoje, de falência múltipla dos órgãos.
Em entrevista a O Diário em janeiro de 2011, a médica, filha do primeiro prefeito de Maringá, Inocente Villanova Júnior, contou um pouco sobre sua história. Foram 50 anos à frente da Santa Casa de Maringá, 32 deles como chefe do setor de Pediatria, e aposentou-se em 2004.
Quando Thelma chegou a Maringá, o aparelho mais moderno era uma máquina de raio X. Com a ausência de tecnologia, o diagnóstico dos pacientes era feito até pelo olfato. Foi ela a primeira a fazer a hidratação intravenosa nas crianças maringaenses.
"Os médicos faziam hidratação subcutânea nas crianças, o soro era aplicado por debaixo da pele. A criança ficava toda inchada, parecia um balão e ainda assim ficava desidratada. Comecei a fazer a hidratação intravenosa, coisa que ensinaram para gente em um curso em Curitiba. Daí vinha gente até de Londrina para saber conhecer como é que a gente fazia esse tipo de hidratação aqui em Maringá. Como não tinha tanta tecnologia, a gente estudava na faculdade como reconhecer a doença pelo cheiro. Por exemplo: você chegava em um quarto e sentia cheiro de maçã, mas não tinha nenhuma fruta ali. Isso quer dizer que o paciente era diabético. Eu tinha um nariz muito bom para essas coisas", disse.
A médica relatou ainda os momentos inesquecíveis desse tempo de trabalho no hospital. "Não esqueço da presença de Deus na hora do aperto. Várias vezes estava ao lada da cama, a criança morrendo e eu já tinha feito tudo o que podia. Daí não foi nem só uma, nem duas vezes que ajoelhei do lado da cama para rezar. E a gente via milagres. Agradecia demais a Deus, porque tinha coisa que era ação divina, não vinha de nós", lembrou.
Em todo esse tempo de profissão, Thelma compara as diferenças que percebeu em meio século de trabalho. "De doença, tem muita coisa que você não vê mais. Era comum você atender criança com difteria, que deixava a garganta trancada. Hoje nem se ouve mais falar nisso. Uma vez tiveram que colocar uma camisa de força num rapaz, que foi mordido por um cachorro louco. O rapaz estava fora de controle e o pessoal evitava ficar perto porque a saliva podia contaminar os outros.
Há quantos anos não se escuta falar de cachorro louco na rua. Agora, outra coisa que mudo muito é a educação das crianças. Isso mudou demais".
O corpo de Thelma Villanova Kasprowicz está sendo velada na Capela Prever de Maringá, e deve ser cremado nesta quinta-feira (15/11).

(odiario.com)

Dra. Thelma foi pediatra deste blogueiro, que quando criança morava na região de Maringá. Sempre mantive muito carinho por ela. Que Deus a tenha !

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