Quando ia para o lago, Confúcio sempre passava por determinada casa, e parava para conversar sobre o jardim da varanda, que era o orgulho do proprietário.
Às vezes, o homem estava bêbado, mas Confúcio fingia não prestar atenção ao fato, e continuava a falar do jardim.
Num dia em que o homem estava muito embriagado, um discípulo disse: “Ele não escuta, porque sua alma está cheia de álcool”.
Confúcio respondeu: “Uma pessoa só consegue se desenvolver, sabendo que tem um lado bom. Mesmo nos momentos de fraqueza, é preciso chamar a atenção para este lado. Então, eu converso sobre a beleza de seu trabalho como jardineiro, e, em algum canto de sua alma, ele me escuta. Assim consigo evitar que a culpa destrua sua vontade de seguir o caminho”.
Paulo Coelho
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