Marcos Valério e outras três pessoas, entre elas duas mulheres, foram presas na madrugada desta sexta-feira (02/12), na região da Pampulha, em Belo Horizonte, durante cumprimento de mandado de prisão. Os detidos são suspeitos de envolvimento em grilagem de terras.
O advogado Marcelo Leonardo, um dos defensores de Marcos Valério, disse que, até pouco antes das 9 horas, não tinha conhecimento do teor da acusação, mas acreditava que a prisão é ilegal.
Batizada de "Operação Terra do Nunca", a ação é realizada em três estados e tem como meta cumprir 23 mandados de prisão preventiva. Os pedidos de prisão apontam envolvimento dos suspeitos na "aquisição de 'papéis públicos', para a 'grilagem' de terras, ocorrida no município de São Desidério, Oeste da Bahia".
As investigações comandadas pelo delegado Carlos Ferro apontam o envolvimento de advogado, latifundiários, empresários, serventuários da Justiça.
De acordo com o advogado Marcelo Leonardo, que representa Marcos Valério, policiais civis da Bahia cumpriram quatro mandados de prisão preventiva em Belo Horizonte. Três sócios de Valério também foram detidos, segundo o advogado. Os quatros devem ser levados para a Bahia.
Ainda segundo Leonardo, a defesa de Marcos Valério afirma não ter conhecimento do teor da acusação, mas supõe que possa ter ligação com a compra de uma propriedade no Sul da Bahia, há mais de sete anos. “É suficiente acreditar que a prisão é ilegal e não tem razão de ser, já que eles são citados e respondem a vários processos e têm residência fixa”, disse.
Marcos Valério foi apontado pelo Ministério Público como operador do esquema do mensalão, como ficou conhecido a prática alimentada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de pagar propina a parlamentares em troca do apoio político no Congresso.
(bemparaná.com.br)
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