O arquiteto Oscar Niemeyer lançou na noite desta terça-feira (23/08), na galeria de um shopping da Zona Sul do Rio, o livro “As igrejas de Oscar Niemeyer” (Editora Nosso Caminho).
Embora um ateu convicto, o arquiteto selecionou fotos e desenhos das 16 obras religiosas, entre capelas e igrejas, que realizou ao longo de sua carreira.
"As pessoas se espantam pelo fato de, mesmo sendo comunista, me interessar pelas igrejas. E a coisa é tão natural. Eu morava com meus avós, que eram religiosos. Tinha até missa na minha casa. E eu fui criado num clima assim. Esse passado junto da família me deixou com a ideia de que os católicos são bons, que querem melhorar a vida e fazer um mundo melhor", explicou Niemeyer, que completa 104 anos em dezembro próximo.
Sempre ao lado da mulher, Vera Lúcia, demonstrou simpatia e bom humor ao fazer um balanço da vida centenária: "Dei minha pequena colaboração". E contou como faz para enfrentar o que chamou de "mundo perverso".
"É tanto problema ruim que a gente tem que enfrentar, né? A vida não é leve não. Mas a gente vai para frente, tentando melhorar. E a melhor maneira fazer isso é de coração aberto, achando que todo mundo é bom. Porque, quando conheço uma pessoa, não me preocupo se ela é boa ou ruim. Penso no que posso ser útil, no que posso colaborar", destacou o arquiteto, fazendo um galanteio direcionado às mulheres.
"Uma vez, meus amigos de Pasquim perguntaram: 'Oscar, o que você pensa da vida?' E eu disse: 'mulher do lado e seja o que Deus quiser'. É isso o que eu penso".
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