O SEU PORTAL DE INFORMAÇÃO !

novembro 13, 2014

Morre aos 97 anos, em Campo Grande, o poeta Manoel de Barros


 Morreu nesta quinta-feira (13/11), aos 97 anos, o poeta Manoel de Barros, um dos mais importantes representantes da poesia brasileira contemporânea, vencedor de dois prêmios Jabuti e que chegou a a ser chamado por Carlos Drummond de Andrade de "o maior poeta vivo".
Conhecido por poemas que incluem elementos da natureza e do cotidiano, em linguagem que se aproximava da oralidade, Barros nasceu em Cuiabá (MT), mas passou parte da infância em Corumbá (MS), no Pantanal, fato que marcaria toda sua obra poética.
De acordo com o hospital Proncor, de Campo Grande, onde ele estava internado desde o dia 24 de outubro, a morte ocorreu às 8h05, por falência múltipla de órgãos. O poeta vivia na capital sul-mato-grossense com a mulher, Stella, e a filha, Martha.
Manoel de Barros foi internado com quadro de obstrução intestinal e passou por uma cirurgia ainda em 24 de outubro e ficou na UTI até o dia seguinte. No último dia 4 de novembro, seu estado de saúde piorou, e ele voltou à UTI, onde permaneceu até o óbito.
Trajetória
Nascido em 1916 em Cuiabá, Manoel Wenceslau Leite de Barros atuou no Rio de Janeiro como membro da Juventude Comunista entre 1935 e 1937, mas abandonou o partido, decepcionado com o líder Luís Carlos Prestes. O ano de 1937 também marca sua estreia literária, com o livro "Poemas Concebidos sem Pecado", edição artesanal de 21 exemplares confeccionada por amigos. Depois disso, Barros passa a publicar com regularidade.
Depois de se formar em direito no Rio e de estudar cinema e pintura no MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York), Barros se fixa em Campo Grande a partir de 1960, onde se torna criador de gado.
Ao longo de sua carreira, Barros recebeu inúmeros prêmios, entre eles dois Jabutis nas categorias poesia e ficção, respectivamente, pelos livros "O Guardador das Águas" (1989) e "O Fazedor de Amanhecer" (2001), além do prêmio da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor poesia, por "Poemas Rupestres" (2004).
Em 2013, a editora Leya republicou a obra completa de Manoel de Barros, em uma caixa especial com 18 livros, em novas edições.

UOL

Nenhum comentário:

Postar um comentário