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março 15, 2009

Partes de um quase nada

Malvada, me diga agora,
me olhando nos olhos,
que não mais me queres,
que posso ir embora.
Contaram-me, que sofreste,
quase morreste de tanta paixão.
Seu delírio quase nos extermina,
e tudo, por uma tola cisma,
algo que sequer tinhas certeza e muito menos razão.
Como pudeste agir assim,
tão desnaturadamente?
Usaste do instinto e não do pensar,
foste leviana ao não considerar,
que só fiz nessa vida te amar.
Insanamente, sem me ouvir,
nos aniquilaste emocionalmente,
tripudiando sobre tanta emoção...
Perdão, não é o momento para brigar,
acusar, e sim,
para implorar,
que me ouça com todo o seu sentimento
e que me permita voltar.
Que reconsidere tudo e reconheça,
que sós, em trilhas separadas,
não somos nem metade,
somos somente partes,
partes de um quase nada,
partes que novamente,
urgem serem juntadas!

Antônio Poeta

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