Uma taça de vinho de vez em quando é o segredo para longevidade,
segundo a aposentada Rosa Francisca Florentina - Foto 1 - de 112 anos que vive em
Américo Brasiliense (SP). Já para outra aposentada, Carolina Gregória
Gouveia - Foto 2 - de 102 anos, que vive em Araraquara, o segredo é não ficar
parado e trabalhar. As duas idosas estão entre os mais de 6 mil
centenários que vivem no Estado de São Paulo, segundo um levantamento do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados do IBGE apontam que o número triplicou no país em um intervalo
de cerca de 10 anos. Passou de pouco mais de nove mil em 2002 para mais
de 32 mil em 2013.
Para Rosa, além da taça de vinho que toma é necessário ter alegria para
viver bastante. “Onde eu moro ninguém fica triste por que eu não deixo.
É o dia inteiro de alegria”, disse. A aposentada nasceu em três de
junho de 1902 no Rio de Janeiro e mora em Américo Brasiliense há 20
anos.
Nesses 112 anos ela construiu uma família grande. São 12 filhos
biológicos, outros quatros adotivos. Entre netos, bisnetos e tataranetos
são mais de 100. Hoje ela passa o tempo relembrando as histórias da
família.
Ela se casou com 14 anos com um homem mais velho escolhido pela sua
mãe. “Casei com um viúvo e vivia muito bem porque ele era sanfoneiro e
onde ia me levava. Sentava perto dele, ele tocava sanfona e eu ficava
sentada”, relembrou.
Para acompanhar o marido durante as turnês teve que viajar muito e
morou em Minas Gerais, em Mato Grosso e em São Paulo. E por isso, gosta
de dançar até hoje. Para a neta Maria Rosa Bernardino de Souza, a idosa é
um orgulho. “A gente fica muito contente, cuida bem dela por que
queremos que ela viva bem mais de 112 anos”, disse.
E depois de tantos anos vividos, Rosa entrega o futuro a Deus. “Peço
para ajudar a gente a viver com saúde e felicidade. Vou viver o tanto
que Deus quiser, quando ele disser que é hoje. Amém”, contou.102 anos
Para Carolina, o segredo dos 102 anos é trabalhar. Ela nasceu no dia 15
de fevereiro de 1912, em Araraquara, e tem sete filhos, 10 netos e 10
bisnetos, além do que vai nascer em fevereiro.
Ela credita que chegou a essa idade por ter uma vida ativa, já que
sempre trabalhou muito. “Trabalhei em tudo. Lavei roupa, costurei,
trabalhei na rocha, carpi de enxada, abanei muito café. Fiz de tudo.
Trabalhar é saúde porque circula o sangue e faz bem para o cérebro. É fé
em Deus e pé na tabua”, contou.Saúde
O geriatra Francisco Moretti explicou que a genética pode ser uma das
explicações pra uma vida tão longa, mas outros fatores podem ajudar.
”Cultivar hábitos saudáveis, praticar atividade física, manter o
convívio social é importante. E a atividade mental, intelectual fazendo
exercícios, como palavras cruzadas. Se manter ativo”, disse.
G1 - Fotos: Reprodução EPTV
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