A maneira como Romarinho fez seus três gols no jogo de domingo, (23/03), evidenciaram a facilidade que o Corinthians teve para despachar o Atlético Sorocaba à segunda divisão do Paulistão. O problema do time de Mano foi que os 3 a 0, resultado incontestável, e a boa atuação vieram muito tarde, com a eliminação sacramentada. Cabe ao treinador analisar seus erros e acertos e montar um time mais competitivo para o Campeonato Brasileiro.
Romarinho estava inspirado. Marcou dois gols de cabeça, livre de marcação, e fechou o placar num chute cara a cara com Deola. O placar foi até magro pelo domínio e pelas chances criadas pelo Corinthians.
O time poderia ter feito mais de um gol já no primeiro tempo - ele só veio aos 38 minutos. A equipe tinha posse de bola e o controle do jogo (não sofria perigo). Além disso, usava muito bem os lados do campo. Faltavam, porém, duas coisas. Entrar na área do Sorocaba e acertar uma finalização. Antes de abrir o placar, as melhores chances tinham sido construídas em chutes e fora da área, com Renato Augusto, Jadson e Romarinho.
Essa morosidade em chegar ao gol de Deola se deveu, em parte, ao trio de zagueiros e à postura defensiva da equipe de Roberto Cavalo. Quando o Corinthians conseguia vencer a marcação, pelas pontas, pecava no cruzamento.
Mesmo assim essa formação com dois meias já rende bons frutos. Jadson atua pelo lado esquerdo e conta com o apoio de Fábio Santos. Do outro lado, a dupla Renato Augusto, pela direita, trabalha com Fagner. São dois corredores que, se bem utilizados, constroem bons resultados e pavimentam vitórias.
No primeiro tempo, Luciano se viu com problemas para encontrar espaço na defesa, mas mostrou vontade e boa movimentação. Seu jogo, no entanto, é outro. Ele se dá melhor quando é bem acionado e parte em direção ao gol.
Os gols de Romarinho só comprovaram como não adianta um técnico escalar um monte de zagueiros. No primeiro, o baixinho atacante cabeceou sozinho com três defensores por perto. A horrorosa saída de bola de Deola também colaborou para o Corinthians abrir o placar.
Romarinho, que marcaria o segundo e o terceiro gols, chegou ao oitavo gol no ano e é o artilheiro do time, à frente de Luciano, com seis. Não por acaso eles formam a dupla titular. Nesse ponto, Mano tem mesmo é que escalá-los - e está certo em barrar Sheik e cobrar a diretoria por reforços no ataque (o Brasileirão é muito mais duro que o Paulista).
O jogo manteve seu ritmo do segundo tempo. O Corinthians buscou o segundo gol, e o Sorocaba raras vezes ia ao ataque, apesar de Roberto Cavalo ter mexido no time. Mano não mudou nenhum jogador até os 32 minutos, depois dos 3 a 0, num claro sinal de que precisa entrosar esta formação e testá-la o quanto puder.
Renato Augusto fez um bom jogo. Tanto como opção de armação de jogo pelo lado direito, como em presença de área e arriscando nos chutes de fora da área. No início do segundo tempo, quase fez o dele. Ao que tudo indica, ele tem tudo para começar bem o Brasileiro.
O drama do treinador é que o Corinthians só volta a campo dia 20 de abril, na estreia no Brasileirão, contra o Atlético Mineiro, fora de casa.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 3 X 0 ATLÉTICO SOROCABA
CORINTHIANS - Cássio; Fagner, Gil, Felipe e Fábio Santos; Ralf, Guilherme (Bruno Henrique), Renato Augusto (Danilo) e Jadson; Romarinho e Luciano (Malcon). Técnico: Mano Menezes.
ATLÉTICO SOROCABA - Deola; Carlos Chaba, Lima e João Paulo; Fabinho Capixaba (Robson), Fernando, Douglas, Alex Wiliam e Matheus (Romarinho); Danilo Alves e Marcinho (Anderson Bartola). Técnico: Roberto Cavalo.
GOLS - Romarinho, aos 38 minutos do primeiro tempo e aos 25 e aos 30 do segundo.
ÁRBITRO - José Claudio Rocha Filho.
RENDA - R$ 284.920,10.
PÚBLICO - 11.060 pagantes.
LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
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