O mês de maio sempre no faz lembrar das mães, das noivas, e, particularmente, da Mãe de Jesus. Que nome glorioso e que Mãe tão solícita e bondosa. Quanto bem ela fez a toda a humanidade, simplesmente por ter acolhido em seu coração a vontade de Deus e, em seu virginíssimo seio, o Verbo de Deus que aí se encarnou, daí nasceu e veio fazer morada entre nós. Jesus cresceu e se desenvolveu sob o olhar desta mãe, cujo coração estava totalmente sintonizado com o projeto divino de salvação.
Lembramos carinhosamente de nossas mães que, à semelhança de Maria, cuidaram de nós e nos conduziram ao santo batismo; nas águas batismais fomos identificados com Jesus e tornados filhos de Deus; e, de fato o somos. Queremos retribuir sua dedicação e seu amor com nossa oração, nosso carinho e testemunho de que estamos progredindo sempre mais na santidade, comprometidos plenamente com o Reino de Deus, em busca de um mundo sempre mais humano e mais fraterno, onde todas as pessoas possam viver felizes e em paz.
Aproveitamos ainda para reconhecer a bondade e dedicação de uma multidão de mulheres que nos cercam dia a dia. Ai de nós se elas não estivessem conosco! Refiro-me, especialmente, às mulheres que atuam na vida e na ação evangelizadora da Igreja, expressa pela sua vocação vivida no exercício dos vários ministérios, organismos, pastorais e serviços, como as consagradas, catequistas, ministras, secretárias paroquiais, aquelas que nos acompanham cuidando de nosso bem-estar. Também lembro com afeto aquelas que estão inseridas na vida política, na área empresarial e nas diversas profissões. Faço uma especial menção àquelas que lutam pela sobrevivência de sua família, que cuidam da limpeza de nossas cidades, das catadoras de papel e de um número significativo de mulheres que sofrem de diversos padecimentos em nossa sociedade.
Não posso deixar de lembrar, agradecer e parabenizar de uma maneira toda especial, as mães de nossos padres, diáconos, religiosas e seminaristas. Que elas se sintam felizes e recompensadas pela alegria de terem dado à Igreja um filho ou uma filha para um serviço exclusivo e permanente à Igreja de Nosso Senhor. Enfim, celebrando o jubileu áureo do Concílio Vaticano II e relendo os seus documentos, percebemos com clareza o quanto a presença da Mulher Maria de Nazaré esteve presente na reflexão conciliar. Ela se encontra, aí, relacionada com o mistério de Cristo e da Igreja. O tema é desenvolvido mais longamente na Constituição Dogmática Lumem Gentium.
Mas na maioria dos documentos, mesmo que brevemente, há sempre uma referência a Maria. O Concílio nos ajuda a contemplar Maria intrinsecamente inserida na obra redentora do seu Filho. Ela é apresentada como auxiliadora na missão sacerdotal e modelo para todos os que acolhem com generosidade a vontade de Deus. Ela é modelo para os seminaristas e para os religiosos e religiosas que devem sempre progredir na santidade e produzir sempre mais frutos de salvação.
A todos os batizados, Maria é apresentada como seu modelo perfeito de vida espiritual e apostólica. Que a presença de Maria sempre desperte em nós, discípulos e discípulas de Jesus, uma verdadeira e profunda renovação de nossa fé, esperança e caridade.
Dom Celso A. Marchiori - Bispo de Apucarana
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