A safra de grãos de verão e inverno 2009/10 atingiu o volume de 32,6 milhões de toneladas, recolocando o Paraná no primeiro lugar do ranking nacional da produção agrícola. O resultado é um dos melhores dos últimos 4 anos, beneficiado pelas boas condições climáticas. Nas exportações do agronegócio, o Paraná também se destacou este ano, deslocando-se do quarto para o segundo lugar no ranking nacional, com um uma receita de US$ 9,1 bilhões referente ao volume exportado no período janeiro a novembro deste ano. Neste ano houve também redução dos custos de produção com a queda dos principais insumos utilizados na agricultura como adubos e fertilizantes. Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento Erikson Camargo Chandoha, mais importante que a recuperação da produção de grãos foi a recuperação dos preços pagos ao produtor. “Assumimos novamente a liderança de grãos no País, mas o que deve ser mais comemorado são os preços praticados pelo mercado, principalmente a partir do segundo semestre quando o produtor passou a ser melhor remunerado pelo seu trabalho”. Chandoha apontou a recuperação do preço do milho, que estava sendo vendido abaixo do preço mínimo durante o primeiro semestre do ano. Outros produtos importantes como soja, carnes bovina e suína, leite e derivados e também o feijão tiveram uma recuperação importante nos preços este ano, frisou o secretário. “Leite e derivados, inclusive, tiveram recuperação nos preços em plena safra, o que é uma situação inédita e nunca tinha acontecido”, lembrou. Com essa recuperação nos preços, o Paraná se destacou como segundo maior exportador do agronegócio, perdendo só para o estado de São Paulo que entre janeiro e novembro de 2010 acumulou o valor de US$ 17,6 bilhões em exportações. Este ano o Estado está exportando mais soja, carnes, café, milho e produtos do setor sucroalcooleiro. Com isso avançou de uma participação de 12,4% para 13% até novembro de 2010 na pauta de exportações brasileiras do agronegócio. Para o secretário a tendência aponta que a recuperação no volume de produção e dos preços deve continuar em 2011. As condições climáticas permanecem favoráveis e o mercado externo e interno está comprando. A única preocupação – acentuou – é com relação ao trigo onde os preços praticados não estão remunerando o produtor. Segundo Chandoha, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) está reivindicando junto ao Governo federal uma política para o trigo, que contemple o reajuste do preço mínimo do grão, o apoio e disponibilização de instrumentos de garantia de preços e de comercialização através do Prêmio de Escoamento da Produção – PEP e ainda a busca de salvaguardas contra as importações de trigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário