Após três horas de reunião, as negociações entre o Governo do Paraná e
os professores da rede pública estadual avançaram ontem (19/02). Porém, a greve
da categoria, que já dura 11 dias, permanece. O chefe da Casa Civil,
Eduardo Sciarra (PSD), se comprometeu a "fatiar" o chamado pacotaço
fiscal antes do reenvio à Assembleia Legislativa (AL) e a descartar
qualquer item que comprometa direitos trabalhistas. Hoje (20/02), uma nova
rodada de conversas acontece no Palácio Iguaçu, a partir das 10 horas,
para debater os pontos administrativos da pauta de reivindicações, como
superlotação de turmas nas escolas e convocação de 9 mil educadores
aprovados em concurso público.
"Não houve recuo. Houve, sim, um avanço no sentido de
discutirmos com os professores e servidores públicos temas que são
importantes para o futuro do Paraná, sem deixar de considerar que nós
vivemos um momento grave, um momento sério, de crise econômica em todo o
País", avaliou Sciarra. Além dele, participaram do encontro o líder do
governo na AL, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), e os secretários de Estado
da Educação, Fernando Xavier, e da Administração, Dinorah Portugal
Nogara. O governador Beto Richa (PSDB) não apareceu, segundo o chefe da
Casa Civil, por se tratar de uma "reunião de trabalho".
Já da parte do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública
do Paraná (APP Sindicato) estavam o presidente da entidade, Hermes Leão,
e outras oito lideranças, a maioria professores ou funcionários de
escolas. "A reunião de hoje (ontem) foi insuficiente para a gente
avançar em todo o conjunto da pauta", contou Leão. De acordo com ele,
após a segunda rodada de negociações, a categoria irá se reunir no
Conselho Estadual do sindicato, marcado para o próximo sábado, às 9
horas, na sede da APP, em Curitiba. Em seguida, caso haja consenso, os
docentes devem marcar uma assembleia e, aí sim, aprovar o fim da
paralisação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário