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janeiro 08, 2015

França: Um ataque, doze mortos e uma consternação mundial


Homens mascarados, gritando "Allahu akbar!" (Deus é Grande!), invadiram o escritório da revista satírica Charlie Hebdo ontem (07/01), matando 12 pessoas antes de fugirem. Foi o pior ataque terrorista na França em pelo menos duas décadas. O caricaturista Jean Cabut, conhecido pelos leitores pelo nome de Cabu, e Stéphane Charbonnier, editor do jornal, que usava o pseudônimo Charb, estão entre os mortos. Dez jornalistas — incluindo quatro dos melhores cartunistas do país — e dois policiais foram mortos. Um dos policiais havia sido designado para atuar como guarda-costas de Charb.
O ministro do Interior Bernard Cazeneuve disse que as forças de segurança realizam buscas em toda a cidade à procura dos homens que atacaram a publicação.
Corinne Rey, cartunista que afirmou ter sido forçada a permitir a entrada dos homens no prédio do jornal, disse que eles falavam francês fluentemente e que afirmaram ser da Al-Qaeda. Em entrevista ao jornal l'Humanite, ela declarou que a ação deve ter durado uns cinco minutos.
O presidente francês François Hollande chamou a ação contra a publicação, que costuma atrair críticas de muçulmanos, de "um ataque terrorista, sem dúvida". Segundo ele, vários outros ataques foram evitados na França "nas últimas semanas".
A França elevou seu nível de alerta de segurança para o patamar mais alto e reforçou a segurança em templos, lojas e escritórios de empresas de comunicação e de transporte. As principais autoridades do governo realizam uma reunião de emergência à tarde e Hollande deve fazer uma declaração em rede nacional de televisão à noite.
Uma testemunha que trabalha nas proximidades, Benoit Bringer, disse à rede iTele que viu vários homens mascarados, armados com rifles automáticos no escritório da revista, no centro de Paris.
Os homens subiram ao segundo andar do prédio e começaram a realizar disparos de forma indiscriminada na redação, informou Christophe DeLoire, integrante do grupo Repórteres Sem Fronteiras. "Este é o dia mais negro da história da imprensa francesa", afirmou ele.
Luc Poignant, funcionário do sindicato dos policiais de Paris, disse que os homens fugiram num carro que os estava esperando e que, mais tarde, trocaram de veículo, usando um carro que havia sido roubado.
A porta-voz da promotoria de Paris, Agnes Thibault-Lecuivre, confirmou que 12 pessoas morreram no ataque.
Imagens publicadas no site da emissora estatal France Televisions mostram dois homens vestidos de preto num cruzamento, aparentemente fazendo disparos. O grito de "Allahu akbar" pode ser ouvido em meio aos disparos.
Os ataques levaram à intensificação das medidas de segurança na capital francesa. O atentado desta quarta-feira é um dos piores em Paris desde 1995, quando uma bomba explodiu na estação de metrô Saint-Michel, matando oito pessoas.

Bem Paraná - Foto AFP

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