As carteiras de habilitação (CNH) e os certificados de Registro de
Veículo e de Licenciamento de Veículo (CRV e CRLV) vão passar a ter
dados criptografados a partir de 1º de julho do ano que vem, anunciou
na quarta-feira (10/12) o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). O
objetivo das mudanças é combater a fraude em documentos, diz o órgão.
Em cinco anos, todos os documentos devem ter sido trocados.
Segundo o coordenador geral de Informatização e Estatística do
Denatran, Rone Barbosa, 170 mil documentos em branco para emissão de
carteiras e certificados são extraviados por ano no país. Segundo ele o
número é “bastante elevado”.
As novas carteiras de habilitação terão 28 dispositivos de segurança.
Os certificados, ganharão 17. “O principal ponto é um código de
segurança cifrado que traz essas informações criptografadas e que vai
permitir a identificação de imediato, até mesmo off-line, se esse
documento é verdadeiro ou é um documento que foi falsificado e se houve
uma tentativa de fraude”, afirmou Barbosa.
De acordo com o Denatran, as fraudes mais comuns são para clonagem de
veículos, evasão fiscal, fraudes contra seguradoras e companhias
telefônicas. A leitura do código será feito por meio de aplicativos nos
celulares dos agentes de trânsito, que estarão com smartphones
habilitados para isso.
Sem custos
Não há necessidade de o motorista que já tem a permissão para dirigir
trocar o documento neste primeiro momento. As mudanças serão aplicadas
progressivamente. A expectativa do Denatran é que os documentos em todo o
país estejam dentro do novo modelo em cinco anos – período de renovação
máximo estipulado para quem tira a carteira de habilitação.
A medida valerá de imediato para motoristas novatos e para aqueles que
estão perto do prazo de vencimento das carteiras. No entanto, os
departamentos de trânsito de todo o país terão um prazo de seis meses
para se adaptar ao novo sistema. O Denatran afirmou que não haverá
reajuste no valor cobrado para a emissão dos documentos.“Não haverá nenhum aumento de custos para o cidadão em função da impressão gráfica dos novos documentos. Nós acrescentamos elementos de segurança, mas em síntese o processo é basicamente o mesmo. Melhoramos tanto na parte gráfica quanto no processo de segurança”, disse Barbosa.
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