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novembro 16, 2014

De Aparecida

No meu caminho para São Paulo, parei em Aparecida do Norte. A igreja estava quase deserta, exceto por algumas pessoas que conversavam perto do altar-mor. Reconheci no grupo uma velha amiga, Mirna Gritzch, e me aproximei.
Eis o que vi: um lama tibetano com seus fiéis, entre os quais minha amiga, conversava com um padre católico. O monge não falava português, o padre não falava inglês. O monge contava as manifestações da Grande Mãe, o padre falava das aparições marianas. O monge vestia-se de verde e azul, o padre usava paramentos brancos. O monge tinha contas de rezar na mão, o padre segurava um terço. E, apesar das aparentes diferenças, os dois estavam unidos na fé em Deus e no amor ao próximo.
No final, rezamos todos diante da imagem de N.S. Aparecida. O monge cantou mantras, os católicos rezaram ao som daquelas melodias. E o respeito entre os homens se mostrou possível.

Paulo Coelho

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