Principal promessa das categorias de base do Corinthians, o atacante
Malcom, de 17 anos, enfrentou na segunda-feira (17/11), um adversário mais
difícil, na opinião dele, que os zagueiros: os microfones. "É um pouco
de vergonha". Foi sua primeira entrevista coletiva no CT desde que
integrou o elenco profissional. O bate-papo com os jornalistas aconteceu
à beira do gramado e não na sala de entrevistas. Ele disse que se sente
mais confortável no ambiente menos formal.
Sobre a chance no
time principal, Malcom disse que a "ficha ainda não caiu" e ainda tenta
conciliar a vida de um adolescente de sua idade com a responsabilidade
de um jogador profissional. "Eu abri mão de muita coisa para estar aqui.
Mas nas férias vou à Vila Formosa (bairro da zona leste de São Paulo)
empinar pipa, jogar pelada, bolinha de gude... É embaçado ficar só
treinando".
A transformação em jogador profissional aconteceu sob
pressão em um time que ficou com poucos atacantes com as saídas de
Romarinho, Alexandre Pato e Emerson. Dos "medalhões", só restou
Guerrero, na seleção peruana. Malcom virou opção. Voltou a ser titular e
marcou seu segundo gol pelo time no último domingo (16/11), contra o Bahia, em
Salvador.
Nesta quarta, contra o Goiás, será novamente titular. O
garoto disse que está pronto para assumir a responsabilidade. "Eu
escuto bastante o Fábio Santos, o Renato Augusto, o Cássio. Eles falam
comigo. Estou tranquilo, com a cabeça boa. Procuro fazer meu trabalho e
fazer os gols".
Sobre o seu gol contra o Bahia, Malcom disse que
ele foi fruto do entrosamento nos treinamentos com o goleiro Cássio. Ele
recebeu um lançamento, ainda no campo de defesa, e disparou em direção
ao ataque. "Toda vez que tem bola parada, eu fico no rebote. Quando a
bola vai nas mãos do Cássio, eu levanto o braço e corro. Foi um belo
lançamento, quase um passe. Tive tranquilidade. Já o vi o gol umas dez
vezes", afirmou.
Malcom afirmou que conversou com Cássio depois do jogo e o goleiro lhe deu os parabéns. "90% do gol foi dele", disse o atacante.
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