Antônio Francisco Lisboa, artífice, nascido de pai português e mãe
escrava forra [escrava liberta por carta de alforria] no século XVIII em
Minas Gerais, criador de esculturas em madeira e pedra-sabão, mestre,
pai, mundialmente conhecido como Aleijadinho.
Mestre Aleijadinho, um dos mais importantes nomes da arte barroca
brasileira, tem nesta terça-feira (18/11) a celebração de 200 anos de sua
morte. Enterrado em 1814 na Matriz Nossa Senhora da Conceição em Antônio
Dias, bairro de Ouro Preto, o artista barroco marcou a história da arte
no Brasil e no mundo.
Com trabalhos em madeira e pedra-sabão, o mestre deixou como legado
importantes obras religiosas que ornam igrejas de várias cidades
brasileiras. Uma das que mais se destaque é o conjunto do Santuário do
Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas, onde estão os 12 profetas
esculpidos em pedra-sabão e os passos da Paixão de Cristo. O conjunto
foi elevado pela Unesco a Patrimônio Cultural da Humanidade, em 1985.
“Foi um homem que sempre se dedicou à produção do belo, sempre esmerou
para fazer o melhor de si, mesmo com as diversidades de suas limitações,
da sua doença. É um personagem fantástico, que de fato existiu e
produziu muito, mas que há necessidade de pesquisas científicas sérias,
mais aprofundadas, para que possamos melhor compreendê-lo”, disse o
coordenador da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Histórico,
Cultural e Turístico do Ministério Público de Minas Gerais, Marcos Paulo
Souza de Miranda, também estudioso da vida de Aleijadinho.
G1/MG
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