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junho 09, 2013

PT expulsa vereadora acusada de forjar o próprio sequestro

A vereadora Ana Maria de Holleben, de Ponta Grossa, foi expulsa do Partido dos Trabalhadores (PT) neste sábado (08/06). A decisão foi tomada a partir de um parecer da Comissão de Ética da legenda, que indicou a saída da parlamentar. Segundo o PT, a expulsão está amparada nas normas estabelecidas no estatuto do partido. A vereadora pode recorrer da decisão.
Ana Maria Holleben foi acusada por falsa comunicação de crime e fraude processual. Conforme a Polícia Civil, em 1º de janeiro deste ano, a parlamentar forjou o próprio sequestro com a ajuda de assessores. A medida estaria ligada a eleição da Mesa Executiva da Câmara. A vereadora negou as denúncias. Disse que não se lembrava do que havia acontecido no dia. Judicialmente, Ana Maria Holleben fez um acordo e não irá responder pelos crimes porque eles não somam mais de um ano de prisão e, por isso, a lei prevê a possibilidade de suspensão do processo.
Em contrapartida, a vereadora deve se apresentar ao Fórum Estadual de Ponta Grossa todos os meses, não pode frequentar bares e casas noturnas, viajar por mais de oito dias sem autorização judicial prévia e também, não pode cometer outro crime. Os outros quatro denunciados também fizeram o mesmo acordo.
“Ela estava comprometendo o nome do partido”, afirmou o presidente do diretório estadual do PT, deputado Enio Verri. Ele disse que as análises da Comissão de Ética do partido são rígidas e que a vereadora e os demais envolvidos foram ouvidos. Ele destacou que a decisão foi tomada por unanimidade. Na segunda-feira (10/06), de acordo com Verri, o setor jurídico do partido deve tomar as providências para garantir que o PT fique com o mandato de Ana Maria Holleben.
Segundo o advogado da vereadora, Fernando Madureira, a princípio, ele não deve recorrer da decisão do partido. Ele afirmou que deve conversar com a vereadora na segunda-feira. Com relação ao mandato, Madureira afirmou que vai esperar para ver se o partido realmente vai reivindicar o mandato e, se a decisão da Justiça foi favorável ao PT, ele irá recorrer.
Comissão Parlamentar Processante
Ana Maria Holleben ainda pode ser julgada pela Comissão Parlamentar Processante (CPP) da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa. Os parlamentares têm até agosto para decidir se arquivam o caso ou optam pela cassação do mandato da petista.

(G1)

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