Os cardeais presentes no Vaticano concluíram hoje, (11/03), as congregações gerais antes do conclave, iniciadas há uma semana, com um debate que incluiu intervenções sobre o "perfil e expectativas" em relação ao novo Papa.
O porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, disse em conferência de imprensa que o encontro desta manhã, o 10º deste organismo de governo interino da Igreja, contou com 28 intervenções, o que elevou o total para 161.
Os 152 participantes ouviram uma intervenção de dom Tarcisio Bertone, o cardeal camerlengo - secretário de Estado no pontificado de Bento XVI -, sobre o Instituto para as Obras Religiosas (IOR), conhecido como o 'Banco do Vaticano'.
O presidente do conselho cardinalício de vigilância da instituição falou da "inserção no sistema internacional de controlo" financeiro. O IOR tem desde fevereiro um novo presidente, o advogado alemão Ernst von Freyberg.
Durante os trabalhos desta manhã foram também sorteados os nomes dos cardeais (Naguib, Ouellet e Monterisi) que, juntamente com o camerlengo, integram durante três dias a chamada "congregação particular", que trata de questões de caráter mais prático, também durante o conclave.
Neste caso, inclui-se a responsabilidade de velar para que "de modo nenhum seja violado o segredo daquilo que sucede na Capela Sistina, onde se realizam as operações de votação, e dos lugares contíguos, tanto antes de tais operações como durante e depois das mesmas".
115 cardeais de 48 países vão reunir-se a partir de terça-feira, (12/03), para escolher o sucessor de Bento XVI, que em fevereiro terminou o seu pontificado, após ter renunciado ao mesmo. Destes, 19 têm 65 anos de idade ou menos e 45 têm mais de 75; a média etária dos eleitores ronda os 71 anos.
O conclave, palavra com origem no latim 'cum clavis' (fechado à chave), pode ser definido como o lugar onde os cardeais se reúnem em clausura para eleição do Papa.
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