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março 08, 2013

Júri condena Bruno pela morte de Eliza Samudio; Dayanne é absolvida

O goleiro Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, em regime fechado, pela morte e ocultação de cadáver da ex-amante Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho. A pena foi divulgada na madrugada desta sexta-feira (08/03) pela juíza Marixa Fabiane Rodrigues Lopes no Fórum de Contagem (MG). O ex-atleta do Flamengo está preso há 976 dias. Já a outra acusada, Dayanne Rodrigues do Carmo, foi absolvida, por 4 votos a 3, assim como havia sido solicitado pela Promotoria.
Segundo o Tribunal de Justiça, 17 anos e seis meses da pena são em regime fechado, pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza, e outros três anos e três meses são em regime aberto e correspondem ao sequestro e cárcere privado do filho da ex-modelo com o goleiro.
Com a admissão de Bruno de que Eliza foi assassinada - e ele foi informado do que ocorreu -, a defesa se distanciou na quinta-feira (07/03) da linha inicial de argumentação, em que destacava não haver corpo e realçava dúvidas sobre o próprio assassinato. Os defensores de Bruno chegaram a falar em uma pena "em torno de dez anos", por uma "participação menor" no crime e pediram reiteradamente aos jurados que fizessem "Justiça".
O advogado Lúcio Adolfo destacou que "a imprensa" já havia sentenciado os réus e "esperava a condenação" também por parte do conselho de sentença. Na sequência, distribuiu vendas às cinco mulheres e dois homens do júri, lembrando que a Justiça "é cega".
O dia começou com um pedido de reinterrogatório dos dois réus. Dayanne confirmou que recebeu telefonemas do então policial civil José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, orientando sobre para quem deveria entregar o filho de Eliza e Bruno, quando tiveram início as investigações. Segundo Dayanne, Zezé agia por ordem de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, braço direito de Bruno, condenado em novembro pelo assassinato.
Dayanne contou que tinha e tem medo do ex-policial. "Pelo que Bruno falou, minhas filhas correm risco. Tinha medo e estou com medo agora, tanto dele (Zezé) quanto do Macarrão e da situação", declarou. Considerando que ela agiu sob pressão, o promotor pediu a absolvição.
Bruno, por sua vez, afirmou que "sabia e imaginava" que Eliza seria morta quando deixou seu sítio em Esmeraldas, na companhia de Macarrão e de Jorge Rosa. Em depoimento na quarta-feira, o goleiro já havia assumido que a ex-amante foi assassinada e admitiu que "aceitou" e "se beneficiou" do crime, mas ressaltou que só soube do homicídio após ter ocorrido. Na quinta-feira, em nova declaração, alegou que sabia que Eliza ia morrer "pelas constantes agressões" de Macarrão contra a moça e "pelo fato de ter entregado dinheiro para ela", que cobrava ajuda para cuidar do bebê.
Sem filmagens
Bruno não quis ser filmado durante a leitura da sentença. O advogado Lúcio Adolfo pediu à juíza que nenhuma imagem fosse feita do goleiro. A juíza concedeu o pedido e todos os cinegrafistas e fotógrafos foram retirados da sala do júri.
Após a decisão do veredicto, o promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro posou para foto e sorriu.
O advogado Lúcio Adolfo disse que vai entrar com apelação contra a condenação do goleiro Bruno ainda nesta sexta-feira.
A mãe de Eliza, Sônia Moura, disse que não aceitou a absolvição da Dayanne.
Júri
Os jurados que fizeram parte do conselho de sentença são cinco mulheres e dois homens, sorteados no primeiro dia do júri, na segunda-feira.

(AE e Agências)

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