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março 07, 2013

Das vozes interiores

Baby Consuelo tinha saído com o dinheiro contado para levar o filho ao cinema. O garoto estava animadíssimo, e a toda hora perguntava quanto tempo demorariam para chegar.
Ao parar no sinal, viu um mendigo sentado na calçada – sem pedir nada. “Dê todo o dinheiro que você carrega para ele”, escutou uma voz dizer.
Baby argumentou com a voz – havia prometido levar o filho ao cinema. “Dê tudo”, insistiu a voz. “Posso dar metade, meu filho entra sozinho, e eu espero na saída”, disse ela.
Mas a voz não queria conversa: “dê tudo”.
Baby nem teve tempo de explicar para o garoto: parou o carro e estendeu todo o dinheiro que carregava para o mendigo.
“Deus existe, e a senhora me mostrou isto”, disse o mendigo. “Hoje é meu aniversário. Eu estava triste, envergonhado de estar sempre esmolando. Então resolvi não pedir nada: se Deus existisse, ele me daria um presente”.

Paulo Coelho

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