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março 16, 2013

Após 37 anos, família de Herzog recebe novo atestado de óbito do jornalista


Após 37 anos de espera, a família do jornalista Vladimir Herzog recebeu nesta sexta-feira, (15/03), uma nova certidão de óbito com a causa correta da morte dele, ocorrida em 1975, após sessões de tortura nas dependências do 2.º Exército, em São Paulo. O novo documento substitui a definição anterior, "asfixia mecânica por enforcamento", por "lesões e maus tratos".
A família comemorou o reconhecimento do Estado, perante toda a sociedade, do assassinato do jornalista. Mas, na avaliação da viúva, Clarice Herzog, o documento não significa um ponto final em sua luta. "Ainda queremos saber quem o matou", disse ela ontem, logo após a cerimônia em que recebeu o documento. "Todos aqueles que estavam envolvidos com a ditadura têm que ser desmascarados."
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou em setembro do ano passado a emissão de um novo atestado de óbito, com base numa decisão tomada pela Comissão da Verdade. Colegiado foi criado para esclarecer as violações dos direitos humanos na época da ditadura militar.
Anistia
O estudante de geologia da Universidade de São Paulo (USP) Alexandre Vannuchi Leme, morto em 1973 aos 22 anos, foi reconhecido como anistiado político pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
Desde 2001, foram feitos mais de 70 mil pedidos de anistia ao governo. Desse montante, um terço foi deferido com pagamento de indenização, outro um terço foi deferido sem indenização e o restante indeferido por falta de provas, informou o secretário da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão.

(AE)

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