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abril 08, 2012

Construção civil e comércio acolhem haitianos em Arapongas

A cidade de Arapongas é a segunda da região a receber trabalhadores haitianos em fuga do seu país, depois do terremoto de 2010. Os imigrantes chegaram há quase dois meses e estão empregados na construção civil e em uma rede de supermercados da cidade.
O grupo de 17 homens foi trazido por dois empresários, sensibilizados por um padre araponguense, que está atuando em Manaus. A capital amazonense é uma das portas de entrada dos imigrantes ao Brasil. Contudo, a maioria não consegue emprego no Norte do brasil, o que gerou um movimento migratório em todo território nacional. “Meu primo, padre Valdecir Molinari, que me pediu para ajudar trazendo alguns para trabalhar aqui. É a contribuição que podemos dar a este povo sofrido”, disse o supermercadista Ademir Molinari.
Nas empresas dele estão 12 haitianos, mas o grupo de 17 homens, está alojado numa mesma casa. “Isto é para que aos poucos se adaptem a cultura local. Por enquanto é interessante que fiquem em grupo”, disse o engenheiro Fortunato Graça Júnior, que também ajudou a trazer os imigrantes.
Ele emprega cinco na construção civil. Os imigrantes atuam como pedreiros e auxiliares e alguns já tinham experiência no ramo. “Foi feita uma seleção de aptidão, mas trouxemos mesmo para oferecer nossa contribuição social e humanitária”, disse Júnior.
O engenheiro afirma que os imigrantes não ocupam vagas de trabalhadores locais. “Hoje se tiver dez pedreiros no mercado eu contrato porque precisamos. O aquecimento imobiliário fez desaparecer esta mão-de-obra”, disse ele.
Segundo o engenheiro os trabalhadores conseguiram o ‘visto humanitário’, que deve ser renovado a cada 90 dias. Mas eles esperam conseguir a permanência no Brasil e até mesmo a cidadania.
“Estamos felizes aqui, gostando muito. Tem serviço. No Haiti não dá para ficar, está tudo difícil. Não há empregos e nem dinheiro”, disse o auxiliar geral, Johel Pierre, 26.
Os imigrantes são poliglotas, falam francês, crioulo, (língua local), espanhol, alguns falam inglês e ‘arranham’ o português.
Os trabalhadores deixaram a família para tentar a vida no Brasil. Alguns tiveram que deixar filhos e esposas para trás. “O mais difícil é ficar longe. No final do ano quero tentar visitá-los”, disse Pierre.
Uma fábrica de fraldas de Rolândia também emprega haitianos.

(TN)

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